Final de semana em Limerick e primeira experiência no Couchsurfing

 


Finalmente o ano janeiro acabou e mesmo sendo um mês eterno eu não tive tempo (melhor dizendo, disposição) para falar do meu final de semana em Limerick, passeio este que fiz há algumas semanas.

Bom, aqui na Irlanda existem apenas 4 lugares considerados de fato como cidades: Dublin, Limerick, Cork e Galway. As demais regiões são apenas vilas, condados, etc… então ir à Limerick é tipo sair do interior e ir visitar a tia rica em São Paulo, rs.

Buscando sair um pouco do ambiente de trabalho (há momentos em que fica bem cansativo trabalhar e  morar no mesmo lugar) estabeleci como meta desse ano passear mais pelos arredores. Então escolhi Limerick como um destino próximo. Como hostels aqui são absurdamente caros (sério, o hostel mais “barato” em Limerick estava custando uns 75 euros por noite…) resolvi arriscar minha primeira experiência no Couchsurfing.

Para quem não sabe, o Couchsurfing é uma rede social para viajantes: várias pessoas do mundo todo disponibilizam suas casas para receber turistas, sem cobrar qualquer valor por isso. É um bom jeito de viajar no modo raiz e ainda economizar uma grana, apesar de parecer uma loucura ficar na casa de estranhos…

Sortuda como sou, apenas uma semana antes de ir um senhor topou me receber na casa dele. Não sei quem foi mais maluco: ele, por me aceitar apesar de não ter nenhuma experiência no Couchsurfing, ou eu em passar a noite na casa de um desconhecido. Mas no fim deu tudo certo, rs.

Ele foi bem simpático desde o começo. Foi me buscar na estação de trem, me ofereceu almoço, janta e café da manhã, me mostrou toda a cidade, me levou para conhecer o Castelo de Limerick. O dia estava péssimo, chovendo ininterruptamente, mas deu para fazer um passeio bem agradável.

O Castelo pertenceu ao um tal Rei John e foi construído há mais de 800 anos. Foi um dos maiores castelos irlandeses que conheci até o momento. Era cheio de torres, escadas e corredores, parecia um labirinto.






(Vista panorâmica de Limerick)

À noite fiquei conversando com a mãe dele. Era uma senhora muito simpática e querida. Ela me contou um pouco sobre sua vida: de como casou bem nova e teve o primeiro filho na Colômbia mas teve que fugir com ele ainda bebê por causa de conflitos locais… me contou de sua infância durante a Segunda Guerra mundial e dividiu algumas lembranças tristes… depois os dois dividiram comigo sobre os anos em que toda a família morou na Namíbia, um país africano. Foi muito agradável ouvir tantas histórias de pessoas tão diferentes de mim em termos de cultura e idade.

 Nessas horas eu me recordo o porquê de amar uma viagem. Não precisa ser apenas sobre conhecer lugares bonitos e famosos. Também se aprende muito conhecendo sobre este mundo sob a perspectiva dos outros. Todos saímos sempre bem enriquecidos de encontros assim.

Foi um simples bate-e-volta, saindo sábado e voltando no domingo. Uma saída de pouco mais de 24 horas que me levaram a um novo local, novos encontros e novos histórias. E a jornada continua!

Comentários

Postagens mais visitadas